Meryl Streep pede, no Festival de Berlim, igualdade no cinema

A atriz norte-americana preside o júri do festival alemão

Um júri alegre, disposto a seguir as ordens da “chefe” Meryl Streep, se apresentou nesta quinta-feira, 11 de fevereiro, a uma sala repleta de jornalistas do mundo inteiro para inaugurar os trabalhos do 66º Festival de Cinema de Berlim, que vai até o dia 21 de fevereiro.

“É a primeira vez que sou jurada e, na qualidade de presidente, farei o que sempre faço em casa, mandar todos fazerem o que eu digo”, brincou Streep, que prometeu usar, “se necessário”, seu “voto duplo” para escolher o vencedor do Urso de Ouro. Quase todas as perguntas da imprensa internacional foram para a atriz, que declarou seu prazer em ter a oportunidade de ver um tipo de cinema que não chega com frequência aos Estados Unidos.

“É um grande privilégio estar rodeada por gente que ama o cinema”, disse, elogiando ainda a Berlinale por ter escolhido um júri com mais mulheres (quatro) do que homens (três). “Eu sou a favor da igualdade e da inclusão, não apenas no cinema, mas em todas as atividades humanas e, sobretudo, nos organismos de decisão”, afirmou a atriz, que, no ano passado, chegou a dizer que era “humanista”, mas não “feminista”.

Em 2016, o corpo de jurados também conta com a atriz italiana Alba Rohrwacher, o ator alemão Lars Eidinger, o crítico britânico Nick James, a fotógrafa francesa Brigitte Lacombe, a diretora polonesa Malgorzata Szumowska e o ator britânico Clive Owen.