Primeiro dia da Flip é atravessado por poesia, cinema e celebração em sarau

Com curadoria de Paulo Werneck, a 14ª edição da Flip homenageia a poeta Ana Cristina Cesar

Os encontros e as intersecções entre cinema e poesia marcaram a sessão de abertura da 14ª Festa Literária Internacional de Paraty. Celebrando as duas linguagens, o poeta Armando Freitas Filho e o cineasta Walter Carvalho dividiram com o público a emoção de trabalhar junto – Carvalho realizou o documentário “Manter a linha da cordilheira sem o desmaio da planície” (2016), em que filmou Armando por quase uma década, obra exibida na sequência da conversa.

Sob curadoria e condução de Roberta Estrela D’Alva, Allan Jonnes, Chacal, Daniel Minchoni, Emerson Alcalde, Esquina do Rap, Gabriela Wiener, Italo Moriconi, Kate Tempest, Mel Duarte e Sinhá se apresentaram no sarau da Flip. O espírito da Poesia Marginal estava no ar, tanto no tom de protesto da noite – contra o racismo, o machismo e o governo interino de Michel Temer – quanto na subversão da palavra. A atividade foi aberta ao público e ocorreu na Praça do Telão.

Flipinha

A Programação Cultural da Flipinha começou no dia 29 de junho, quando a Casa do Tambor Percussão recebeu crianças com rodas de tambores infantis. Já na Tenda da Biblioteca, a novidade foi a abertura das Rodas de Conversa, com as autoras Yasmin Ziganshin e Raquel Matsushita. Nos próximos dias, oficinas, shows e peças vão ocupar a Praça da Matriz.

FlipZona

Os jovens da Central FlipZona – redação jornalística formada por trinta alunos e monitores paratienses – participaram na quarta-feira, 29 de junho, de uma oficina de mídias sociais. A turma foi apresentada a estratégias para ganhar relevância nas redes, em conversa com Carlos Alberto Ferreira, executivo de mídias sociais da Globo, e Daniela Pereira, gerente de relações com o telespectador.

Flip 2016

Com curadoria de Paulo Werneck, a 14ª edição da Flip homenageia a poeta Ana Cristina Cesar (1952-83), expoente da geração da Poesia Marginal, que nos anos 1970 se firmou distribuindo edições caseiras no Rio de Janeiro, ao largo do mercado editorial e sob o peso da ditadura militar, fundando uma vertente marcante na poesia brasileira contemporânea.