Crítica: 'Cidades de Papel' deve agradar em cheio o público adolescente

A adaptação do quinto e último livro lançado por John Green no Brasil deve agradar em cheio o público adolescente e até muitos adultos, assim como eu. “Cidades de Papel”, ou na versão original “Paper Towns“, aborda os temas do primeiro amor, da amizade e de novas descobertas com muito humor e mistério.

Na trama, Quentin Jacobsen (Nat Wolff) ainda criança se apaixona de forma platônica por sua vizinha, Margo Roth Spiegelman (Cara Delevingne). Ele é um menino sonhador e tímido, enquanto ela é uma menina extrovertida, que adora mistérios. Eles rapidamente ficam amigos até que um dia Quentin se recusa a seguir Margo em uma saída noturna para uma “expedição” a fim de desvendar uma morte misteriosa acontecida na vizinhança. Com a recusa de Quentin, os dois se afastam e seguem suas vidas separadas, mesmo morando em casas vizinhas e estudando no mesmo colégio.

Perto de se formar no colégio e seguir para a faculdade, Quentin vivia em seu mundinho certinho e seguro até que Margo o convida novamente para seguir com ela em uma aventura. Desta vez, ela pede ajuda para seguir um plano de vingança contra seu ex-namorado, que a traiu e os demais envolvidos. Como Quentin nunca conseguiu esquecer de Margo, ele aceita acompanhá-la e ser seu “ninja” por uma noite. E é a partir desta noite que a história tem uma reviravolta.

Foto: Divulgação

Margo some sem se despedir, mas deixa pistas de onde poderia ser encontrada (em uma cidade de papel, de onde vem a inspiração para o nome do livro/filme). Quentin, então, reúne seus melhores amigos Ben Starling (Austin Abrams) e Marcus Radar (Justice Smith), além da namorada de Radar, Angela (Jaz Sinclair), e Lacey Pemberton (Halston Sage), melhor amiga de Margo.

O mais interessante desta busca é que quanto mais perto Quentin se aproxima de Margo, mais acaba se distanciando da imagem da garota que ele pensava que conhecia. Seus amigos também passam por transformações durante a “expedição” para encontrar Margo. O final surpreende o público. “Cidades de Papel” passa uma mensagem positiva de que às vezes é preciso se perder para se encontrar.

A sinceridade da atuação do elenco é nítida, principalmente no caso de Nat Wolff e Cara Delevingne. Eles já demonstram um talento em cena que deve gerar mais bons e melhores frutos no futuro. Vamos aguardar!