Crítica: ‘A Grande Aposta’

A "Grande Aposta" conta a história de quatro homens que se antecipam a crise, assumem os riscos de uma grande jogada e colhem resultados tão imprevistos quanto o mercado que tanto amam

Um filme sobre Wall Street feito para Wall Street, assim pode ser resumido o novo “A Grande Aposta“, que será lançado no dia 14 de janeiro nos cinemas do Brasil todo. O filme dirigido por Adam MacKay  (“Tudo Por Um Furo”), tem os astros Brad Pitt, Christian Bale, Ryan Gosling e Steve Carell nos papéis principais além de contar com Selena Gomez, Karen Gillan, Marisa Tomei e Melissa Leo.

O filme é uma adaptação do livro “The Big Short: Inside the Doomsday Machine” e conta a história de quatro homens que anteciparam a crise imobiliária e econômica dos Estados Unidos em 2008. Eles resolvem fazer um investimento, mas acabam no “mercado negro” bancário onde precisam questionar a tudo e a todos. Ao descobrirem uma grande “bolha imobiliária”, que segundo as expectativas dos corretores vai causar uma grande recessão (o que de fato ocorreu nos Estados Unidos de 2008) os investidores resolvem assumir todos os riscos.

E em meio ao cotidiano de nossos protagonistas e o estudo detalhado da grande recessão por causa das hipotecas subprime (empréstimos concedidos a pessoas que não tinham condições de pagarem as prestações da casa própria), a história é ágil e bem orientada. Ao se munir de muitas estatísticas, o enredo pode deixar o público comum – e que não necessariamente é um futuro investidor adepto da bolsa de valores – meio desnorteado.

Destaque para as brilhantes atuações de Cristian Bale (“Batman: O Cavaleiro das Trevas”) e Ryan Gosling (“Cálculo Mortal”)Uma coisa que o autor se preocupou ao escrever seu best-seller em 2010, segundo o próprio, foi como tornar seu livro interessante para os cineastas e esta é uma premissa que o roteiro cumpre perfeitamente. Mas está claro que a audiência de “A Grande Aposta” é certamente um público muito focado e que por se tratar de um tema bem especifico (crise financeira), vai agradar aqueles que já admiram (e acompanham) a bolsa de valores e o mercado financeiro.